sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Massagem...

Como não escrevo há imenso tempo, cá vai um testamento... para que quem não sabe possa ter uma ideia... :-)

Segundos registos históricos, a massagem começou a ser utilizada no Oriente cerca de 3000 anos antes do nascimento de Cristo, tendo sido depois referidos os seus benefícios em povos da Índia (1800 a.C.), Egipto, Pérsia e Japão. O poder curativo da massagem vem ainda referido em literatura grega e romana como um dos principais métodos de alívio da dor, aplicada muitas vezes aos seus guerreiros.

Enquanto que, no Oriente a massagem é vista como uma forma de relacionar a mente, o corpo e o espírito, no Ocidente ainda se faz a nítida separação entre os sintomas físicos e o individuo como um todo.

Provavelmente um dos métodos mais antigos para o tratamento da dor, a massagem, independentemente da técnica utilizada, deve ser aplicada como complemento a outras abordagens, sejam elas médicas ou complementares.

A massagem é muito importante para o equilíbrio emocional do indivíduo. A sensação de relaxamento, aplicada inicialmente sobre o músculo, é sentida posteriormente por todo o corpo, influenciando o estado emocional de quem a recebe.
Além da sua importância a nível emocional, o papel da massagem é fundamental para o correcto funcionamento do sistema nervoso, circulatório, linfático, músculo-esquelético e respiratório.

A massagem, desde que aplicada por terapeutas especializados, vai ajudar na eliminação de toxinas e resíduos nocivos ao organismo, trabalhando através do sistema circulatório, sobretudo do retorno venoso e linfático.

No entanto, apesar dos seus benefícios serem comprovados, existem também diversas patologias em que a massagem é contra-indicada. Nestes casos é fundamental uma análise detalhada da anamnese, para que se possa adaptar o tratamento á patologia apresentada. Este passo é de extrema importância para evitar o agravamento das situações dolorosas.
Além da análise cuidada da anamnese, é importante que o terapeuta saiba identificar sintomas e indícios de possíveis contra-indicações. Mais uma vez se realça a importância da cooperação entre o terapeuta e o médico do paciente, em alguns casos a massagem não deverá ser realizada sem a devida prescrição médica.
Existem casos óbvios de contra-indicações, como por exemplo estados febris, eczemas, tromboses ou varicoses.  Por outro lado, existem as contra-indicações que não são facilmente detectáveis e que têm obrigatoriamente que ser fornecidas por parte do paciente, como o historial oncológico, problemas cardíacos, nervosos ou ósseos.
A estimulação sanguínea e linfática provocada pela massagem, poderia provocar, por exemplo, a propagação de células cancerígenas para outras zonas, pelo que não deve ser realizada a menos que o médico aconselhe.
No entanto, a massagem, mais especificamente, a drenagem linfática manual (DLM) é comum no tratamento de pacientes oncológicos, sobretudo no caso do cancro da mama, com linfedema crónico, onde os gânglios ou vasos linfáticos sofrem bloqueios devido á radioterapia.

Cada caso é um caso, como tal, os pacientes reagem de formas diferentes em períodos temporais distintos, sendo que este facto deve ser considerado normal. Do mesmo modo a reacção física após a massagem também varia de pessoa para pessoa.
É normal que, após a aplicação das diferentes técnicas de massagem, o paciente sinta os efeitos físicos da mesma. Quando existe uma super-estimulação dos nervos sensoriais, com massagens mais profundas e/ou alongamentos, é normal que se sinta uma ligeira sensação de dor; depois de uma massagem no abdómen, ou uma drenagem linfática, o paciente sentirá a necessidade de ir a casa de banho; os relatos de peso na cabeça ou necessidade de assoar o nariz são normais e passageiros, indicando apenas que o corpo está a libertar toxinas. 

Existem diversos tipos de massagem, desenvolvidos ao longo do tempo, com várias aplicações, diferentes objectivos e técnicas adaptadas.
Essas vou desenvolvendo depois... :)


Abreijos a todos

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